Álvaro Neves e Hortênsia Neves de Sousa.

Ações disponíveis

Ações disponíveis ao leitor

Consultar no telemóvel

Código QR do registo

Partilhar

 

Álvaro Neves e Hortênsia Neves de Sousa.

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/AHALM/AHN

Tipo de título

Atribuído

Título

Álvaro Neves e Hortênsia Neves de Sousa.

Datas de produção

1850  a  1962 

Dimensão e suporte

242 u.i. (35 doc. fotográficos, 187 postais, 3 panfletos e 17 gravuras, estampas ou desenhos); papel.

Extensões

242 Envelopes

Entidade detentora

Arquivo Histórico de Almada

Produtor

António Álvaro Oliveira Toste Neves e Hortênsia Drago Neves de Sousa.

História administrativa/biográfica/familiar

Álvaro Neves:Bibliotecário-arquivista, jornalista, escritor, bibliófilo, de seu nome completo António Álvaro Oliveira Toste Neves, nasceu em Lisboa, em 11 de abril de 1883 e morreu na mesma cidade, em 15 de janeiro de 1948. Com apenas 13 anos, deixou de estudar para trabalhar como marçano na Livraria Ferin, onde permaneceu até 1900, data em que abandonou esse lugar, dedicando-se à correspondência comercial, e ao mesmo tempo empregava as horas de descanso a organizar as suas próprias pesquisas bibliográficas, originando estudos publicados sob anonimato em “A Crónica”, revista literária cuja direção literária lhe foi depois confiada, de setembro a dezembro de 1906.Em 1905 foi colaborador de “O Caixeiro”, “Folha do Povo” e “Almanaque do Ocidente”. No ano seguinte foi correspondente, em Lisboa, do semanário portuense, “Os Simples”, que em junho desse ano passou a intitular-se “Semana Azul”. Organizou o “Almanaque da Crónica” para o ano de 1907 e colaborou em vários jornais republicanos. Em outubro de 1906 foi convidado gerir tecnicamente a Livraria Tavares Cardoso, cargo que exerceu durante dois anos. Em 1909 dedicou-se intensamente ao jornalismo, colaborando em “A Folha”, de Ponta Delgada, “O Casmurro”, “A Revolta”, “Má Língua”, “A Comédia”, “De Binóculo”, “A Madrugada” e “Ecos da Feira”, de que foi diretor. São célebres os relatos que fez, aquando da implantação da República, dos factos ocorridos na noite de 3 para 4 de outubro, publicados no “Diário de Notícias”.Em 1911 ingressou em “As Novidades” onde iniciou a secção, “Duas a três linhas”. Em 9 de Fevereiro de 1911 foi nomeado primeiro oficial da Academia das Ciências de Lisboa. Em 1911 e 1912 colaborou assiduamente com “O Ocidente”, assinando com os pseudónimos “Nós e Toste Neves”. Por morte de Alberto Carlos da Silva foi convidado pela empresa de Francisco Artur da Silva para o cargo de avaliador-perito de livrarias. Em 1913, tornou-se sócio do Instituto Internacional para Missão de Investigações Científicas (Internationales lnstitut fur Missionswissenschaftliche Forschnungen). Em 17 de dezembro de 1919 foi nomeado segundo conservador da biblioteca do Congresso da República, pelo que pediu a demissão de funcionário da Academia das Ciências. Em 1941, aposentou-se como primeiro bibliotecário-arquivista da Assembleia Nacional. Era o delegado em Portugal do Bureau International du Travail. Pertenceu ao Grupo dos Amigos e Defensores do Museu Rafael Bordalo Pinheiro, a que presidiu, tendo sido um dos mais fervorosos colaboradores da comemoração do primeiro centenário do mesmo artista. Por determinação expressa de Magalhães Lima, coligiu os três volumes da “Vida de um Apóstolo” e “In-Memoriam” de Teófilo de Braga para assinalar o decénio da sua morte.Obras principais: “A Corja” (com o pseudónimo Álvaro de Oliveira), Porto, 1908; “Bibliografia Portuguesa”, Lisboa, 1912; “Bibliografia Luso-judaica”, Coimbra, 1913; “Apontamentos Históricos sobre Bibliotecas Portuguesas” coligidos e escritos por José Silvestre Ribeiro (organização e antelóquio), Coimbra, 1914; “Miscelânea Biográfica”, Coimbra, 1914; “Arquivos e Bibliotecas Portuguesas”, Coimbra, 1915; “Camilo Castelo Branco”, Lisboa, 1916; “Eugénio do Canto”, Lisboa, 1916; “Aniceto dos Reis Gonçalves Viana”, Coimbra, 1917; “Estudos Camilianos”, Lisboa, 1917; Nota ao “Perfil do Marquês de Pombal” de Camilo Castelo Branco, Lisboa, 1917; Relatório acerca da denominada «Crise da Imprensa», Lisboa, 1917; “Noticia dos Quadros e Esculturas existentes na Academia das Ciências de Lisboa em 1835 e 1917”, Coimbra, 1918; “Comissão Promotora do Mausoléu a Pedro Wenceslau de Brito Aranha”, Lisboa, 1920; “Escola Industrial Marquês de Pombal”, Lisboa, 1920; “Rafael Bordalo Pinheiro”, Coimbra, 1920; “Revolução de 1820”, Lisboa, 1920; “Biblioteca Ideográfica Portuguesa”, Lisboa, 1921; “Rafael Bordalo Pinheiro”, Lisboa, 1922; “Dicionário Bibliográfico Português”, t. XXII (de colaboração com J. J. Gomes de Brito), Lisboa, 1923; “Pedro Wenceslau de Brito Aranha”, Lisboa, 1923; “Portugal. El Problema de la vivenda”, Madrid, 1923; “República Portuguesa”, Lisboa, 1923; “Quem é Teófilo Braga?”, Lisboa, 1924; “Monumento ao Doutor Teófilo Braga”, Lisboa. 1927; “Livros Portugueses na III Feira Internacional do Livro (Florença, abril de 1928)”, Lisboa, 1928; “Teófilo Braga e Inocêncio Francisco da Silva”, Coimbra, 1928; “Memórias Biográficas de Joaquim Heliodoro da Cunha Rivara”, Coimbra, 1929; “A Vida de um Apóstolo: Sebastião de Magalhães Lima”, Lisboa, 1930; Prefácio e nota ao “Osoroshi” de Wenceslau de Morais, Lisboa, 1933; “Biblioteca da Assembleia Nacional, seus livros dos séculos XV e XVI”, Lisboa, 1936; “Bibliologia: Catálogo Colectivo das Bibliotecas Portuguesas”, Lisboa, 1940; “Cortes do Reino de Portugal”, Lisboa, 1940; “Sinopse e Estatística da Assembleia Nacional e Camara Corporativa”, de 1935 a 1941; “Analecto de Curiosidades”, Lisboa, 1942; “Bibliografia Jornalística Portuguesa, Lisboa, 1942; “Eques Faria Filius é António Leitão de Faria”, Lisboa, 1942; “Etnografia Portuguesa: «Escrito com tinta de ferrugem e fumo de candeia»”, Lisboa, 1942; “Amigos Defensores do Museu Rafael Bordalo Pinheiro”, Lisboa, 1943; “Catálogo da Exposição Bibliográfica e Iconográfica Queiroziana”, 1945; “Escritores na Penúria”, Lisboa, 1945; “Teatro Português”, Lisboa, 1945; “Gomes Leal: sua Vida e sua Obra” (em colaboração com H. Marques Júnior), 1948; “O Burro” (ficou manuscrito), etc. Deixou ainda vasta obra dispersa pela maioria dos jornais do continente e províncias ultramarinas, em especial no “Correio Elvense”, “Diário dos Açores”. “Gazeta de Coimbra” e “Voz do Operário”. De 1943 a 1946 redigiu a publicação “Livros de Portugal”. São também da sua autoria (seg. Inocêncio) as biografias de D. João da Câmara, Eduardo Schwalbach, Júlio Dantas, Manuel da Silva Caio, H. Lopes de Mendonça, Marcelino Mesquita, Gomes Leal, Afonso Lopes Vieira, Fialho de Almeida, Henrique Marques Júnior, etc. Hortênsia Drago Neves de Sousa:Nasceu em Lisboa em 1917 e residiu em Almada. Em 1945, aderiu ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, tendo integrado a respetiva Comissão de Propaganda. Também no mesmo ano, fundou o Clube de Solidariedade Feminina. Linguista, estudou e divulgou a língua russa, tendo publicado vários trabalhos. Em 1974, fundou a Sociedade de Amizade Portugal-URSS.Em 12 de dezembro de 1976, foi eleita vereadora da Câmara Municipal de Almada. Neste mesmo ano, promoveu várias ações para organizar uma associação de apoio aos reformados em Almada que deu origem à ARPCA: Associação dos Reformados e Pensionistas do Concelho de Almada, da qual foi Presidente da direção em 1977.Exerceu atividade profissional na área da Contabilidade, durante 32 anos, numa empresa particular.Autora das seguintes obras:- Gramática elementar da língua russa comparada com a Gramática da Língua Portuguesa [Dactiloscrito], 1966;- Gramática russa, 1967;- Para aprender... língua russa, 1971;- A minha viagem à União Soviética, 1973;- Para viajar pela U.R.S.S, 1974;- ARPCA: Centro de Dia: 4 anos de experiência, 1983;- ARPCA: sua vida e seu futuro, 1987.

História custodial e arquivística

O espólio permaneceu na posse dos seus produtores até à entrega no serviço de Biblioteca da Câmara Municipal de Almada em 1983.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Documentação oferecida por Hortênsia de Sousa e formalizada em ata da sessão de câmara de 4 de março de 1983.

Âmbito e conteúdo

Espólio constituído essencialmente por documentos iconográficos de inícios do século XX, nomeadamente retratos de personalidades ligadas à cultura, ciência e política e pela biblioteca pessoal.

Ingressos adicionais

Trata-se de um fundo fechado, não estão previstas incorporações adicionais de documentos.

Sistema de organização

Ordenação cronológica, alfabética e numérica dentro das séries.

Condições de acesso

Acessível. Exceto a documentação condicionada pelo mau estado de conservação ou sujeita às restrições estabelecidas pelo Regime Geral dos Arquivos e Património Arquivístico (n.º 1 e 2, art.º 17 do Decreto-Lei 16/93, de 23 de Janeiro) e a Lei de Acesso aos Documentos Administrativos (art.º 6, Lei n.º 46/2007, de 24 de agosto), relativas a dados pessoais ou nominativos.

Condições de reprodução

A reprodução de documentos está condicionada pelo tipo dos documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução. Está sujeita à legislação que regula os direitos de propriedade, os direitos de autor e direitos conexos, e outras disposições legais e regulamentares nomeadamente:- Lei Geral de Arquivos e Património Arquivístico;- Lei de Acesso aos Documentos Administrativos;- Tabela de Taxas e Licenças da Câmara Municipal de Almada.Os documentos só podem ser reproduzidos mediante pedido de autorização escrito ao serviço, justificando a sua necessidade e finalidade, e está sujeita ao pagamento de taxas, de acordo com a tabela de taxas e licenças, para o ano em vigor.Os documentos não poderão ser fotocopiados ou digitalizados, mas transcritos ou fotografados, mediante pedido de autorização.

Idioma e escrita

Português, francês e inglês.

Instrumentos de pesquisa

Inventário.