Carlos Pimenta leva ao palco do Teatro Municipal Joaquim Benite o texto de Arthur Miller, Morte de Um Caixeiro-Viajante, entre 13 de abril e 6 de maio.
«O drama social e familiar por que passa Willy Loman não é culpa da sua bizarria, excentricidade ou incompetência. É fruto daquilo a que se chamam "efeitos colaterais". Ao perder o emprego - embora cheio de vontade de trabalhar - Willy dá conta de um outro mundo que passa por si e não se detém à sua espera.
Willy (o homem) vê-se dispensado desse mundo que o transforma num outro Willy (o número).
Mas qual a culpa de Willy? A sua falta de competitividade? A sua desadequação face ao presente?
Nesta peça que ocorre - diz o autor - na América do final dos anos 40 do século passado, ficamos com a amarga sensação de nos termos cruzado ainda ontem com personagens semelhantes. Ficamos, também, com a sensação, ainda mais amarga, de que esse não terá sido o nosso derradeiro encontro com as histórias que elas encerram.
Em A morte de um caixeiro viajante as sensações que vamos tendo devemo-las à mestria de Arthur Miller, que tão bem soube construir as histórias de vida da família Loman e dos que com ela se relacionam, para o bem e para o mal.
As coisas mudam diz um outro notável americano (David Mamet) no seu filme de 1988. Como nos apeteceria, muitas vezes, que muitas das mudanças se ficassem somente pelo cinema ou pelo teatro. Mas aí estaríamos a negar a função destas formas de arte e a capacidade que têm de nos devolver o real para que o possamos questionar. É por isso que continuamos a ir ao cinema ou ao teatro. É por isso que aceitamos esta espécie de indistinção entre ficção e realidade. E é, também, por isso que admitimos que Willy Loman possa, eventualmente, estar sentado ao nosso lado».
Carlos Pimenta, Outubro 2017
Willy (o homem) vê-se dispensado desse mundo que o transforma num outro Willy (o número).
Mas qual a culpa de Willy? A sua falta de competitividade? A sua desadequação face ao presente?
Nesta peça que ocorre - diz o autor - na América do final dos anos 40 do século passado, ficamos com a amarga sensação de nos termos cruzado ainda ontem com personagens semelhantes. Ficamos, também, com a sensação, ainda mais amarga, de que esse não terá sido o nosso derradeiro encontro com as histórias que elas encerram.
Em A morte de um caixeiro viajante as sensações que vamos tendo devemo-las à mestria de Arthur Miller, que tão bem soube construir as histórias de vida da família Loman e dos que com ela se relacionam, para o bem e para o mal.
As coisas mudam diz um outro notável americano (David Mamet) no seu filme de 1988. Como nos apeteceria, muitas vezes, que muitas das mudanças se ficassem somente pelo cinema ou pelo teatro. Mas aí estaríamos a negar a função destas formas de arte e a capacidade que têm de nos devolver o real para que o possamos questionar. É por isso que continuamos a ir ao cinema ou ao teatro. É por isso que aceitamos esta espécie de indistinção entre ficção e realidade. E é, também, por isso que admitimos que Willy Loman possa, eventualmente, estar sentado ao nosso lado».
Carlos Pimenta, Outubro 2017
Ficha Técnica e Artística
Intérpretes:Beatriz Godinho, Diogo Branco, Diogo Freitas, Ivo Alexandre, João Tempera, João Farraia, Lígia Roque, Luís Gaspar, Pedro Walter, Sofia Marques, Tiago Sarmento
Tradução: Ana Raquel Fernandes e Rui Pina Coelho
Cenografia: Carlos Pimenta e João Pedro Fonseca
Figurinos: José António Tenente
Vídeo: João Pedro Fonseca
Desenho de luz: Rui Monteiro
Texto de Arthur Miller
Encenação de Carlos Pimenta
Tradução: Ana Raquel Fernandes e Rui Pina Coelho
Cenografia: Carlos Pimenta e João Pedro Fonseca
Figurinos: José António Tenente
Vídeo: João Pedro Fonseca
Desenho de luz: Rui Monteiro
Texto de Arthur Miller
Encenação de Carlos Pimenta
Duração: 120 minutos
Espetáculo para maiores de 12 anos.
organização
Companhia de Teatro de Almada
condições de participação
Preço sob consulta
informações
Teatro Municipal Joaquim Benite
Avenida Professor Egas Moniz
2804 - 503 Almada
Tel.: 21 273 93 60
geral@ctalmada.pt
www.ctalmada.pt
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